sexta-feira, 28 de maio de 2010

Longe de casa

Aciedna Keli Basilio (1°A)

No começo de 2009 decidi que queria morar em outra cidade. No começo foi logo um “não” como resposta, pois meus pais não podiam simplesmente abandonar a casa, o emprego, os costumes que tinham aqui, para começar do zero em outra cidade. O tempo passou e como todos os pais querem ver seus filhos felizes, começaram a pensar na ideia.
Algumas semanas depois, chegaram em mim e falaram que eu poderia ir morar com minha avó, se eu quisesse. Eles não iriam me acompanhar devido ao “emprego”. Fiquei muito feliz em saber que eu mudaria. Tudo estava perfeito, afinal morar longe dos pais tem um pequeno significado de liberdade e independência.
Bom, o dia de viajar chegou e com ela um aperto no coração, em saber que eles ficariam para trás, mas também uma sensação de libertação.
A viagem foi tranqüila. Conheci muitas pessoas, lugares novos. Tudo ótimo até esse ponto. Cinco meses depois, já não suportava tanto a saudade, tentava ocupar a cabeça na escola ou trabalhando no restaurante da minha tia. Consegui aguentar somente mais um mês, pois sempre ligava para minha mãe e não aguentava ouvir a voz dela de saudades. Decidi pegar minha transferência na escola e voltar para São Paulo. Chegar em casa foi a melhor sensação. Foi como ter recuperado algo que foi perdido.
A conclusão de tudo isso é que, quando temos apenas dezesseis anos, queremos loucamente os dezoito, para sentir a sensação de liberdade e independência. Nisso esquecemos o valor das coisas simples, como mamãe e papai, que nós pensamos não ter importância, amigos, festas, tempo, juventude...
Coisas que com o tempo talvez não possa fazer, pois conforme o tempo passa as responsabilidades aumentam. Por isso, poder viver o hoje é a minha liberdade desejada.

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